Oficina: Pensar antes de agir

PLANO DE UNIDADE DE APRENDIZAGEM: Pensar antes de agir?
Disciplina: Filosofia
Nível de Ensino: Médio e últimos anos do fundamental.
Problema filosófico: Há fundamentação antes do agir?
Tema da unidade: Fundamentação do agir a partir de Deleuze e Guattari;
Período de execução do plano: 1 horas.
Objetivo:
  • Realizar um debate a respeito do tema da olimpíada e o conceito em Deleuze e Guattari;
  • Aproximar a teoria de Deleuze e Guattari sobre o conceito com uma fundamentação do agir;
  • Proporcionar aos alunos uma construção de suas práticas cotidianas com teorias éticas;


Plano de aula da oficina:

05m Apresentação dos ministrantes e do tema de forma breve.
10m Os alunos na oficina são convidados a uma construção de perfil de si. Neste perfil constará:

*O nome, ano, série, escola;
*Alguns traços físicos;
*Quais são meus critérios para dizer se um agir foi bom ou não;

15m Desta montagem abre-se um espaço para que os alunos se apresentem ao grupo. O ministrante pode levantar questões aos participantes para se iniciar um debate como: qual a importância de situar o agente antes da ação de fato? Será que o agir tem tem consequências diferentes se forem pessoas diferentes que o realizam?

10m O ministrante retoma a palavra para trazer uma explanação da teoria do conceito em Deleuze e guattari.  (TEXTO EM ANEXO)

10m O perfil então é retomado pelos alunos e agora é feita uma associação entre  o plano de imanência e o contexto sócio-político-cultural de cada aluno. A ideia desta associação é que os alunos estabeleçam o campo de relação de seu personagem com o seu contexto de atuação. Uma vez clarificado o campo de possibilidades e a posição do agente.

10m   Ao fim da última atividade é retomado as ideias trazidas por cada um como “critérios para dizer se um agir foi bom ou não” e delas traçar um conceito, pois em cada critério já está contido uma delimitação conceitual. A proposta é mostrar que é possível explorar estas delimitações e formular um conceito. Assim, se pode mostrar que o conceito é criação de um personagem inventado, que circula em um plano de imanência. Uma vez inventado o personagem e para ele estipulado um problema filosófico o conceito se torne uma espécie de quebra cabeça lógico.

ANEXO
No momento em que fora colocada a questão sobre os critérios. Os alunos, de certo modo, já destacaram algumas balizas de seus entendimentos de conceitos de um agir bom e/ou um agir mal. Para Deleuze e Guattari o conceito é o produto da filosofia. É a finalidade da filosofia. O conceito filosófico é constituído por três partes: o conceito, o plano de imanência e o personagem.
O conceito é um ponto de partida para uma apropriação do vivido, daquilo que aconteceu, uma contemplação, um ressignificado do mundo. Ou seja ele permite uma retomada daquilo que se “acredita” e o “transforma”, o “reinventa”, pois o desloca ou muda o seu significado.
O plano de imanência é onde o conceito se articula com outros conceitos menores. Ele é essencialmente um campo onde se produzem, circulam e se entrechocam os conceitos.
O personagem é quem articula e se move entre os conceitos.
“A filosofia é então constituída por essas três instâncias correlacionais: o plano de imanência que ela precisa traçar, os personagens filosóficos que ela precisa inventar e os conceitos que deve criar.”

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