Oficina Death Note

Plano de projeto da oficina Death Note

(elaboração: Matheus Zaro, Rodrigo Souza da Silva e Viviana Furlan[i]

Disciplina: Filosofia

Nível de Ensino: Médio

Série: A atividade foi planejada pensando-se em sua aplicação para ambas às turmas de 1º anos em oficinas de sensibilização e introdução do aluno ao âmbito da ética como parte do projeto em execução do PIBID.

Problema filosófico: O que justifica nossas ações frente a tomadas de decisões quando embargam consequências para outras pessoas? Fins podem justificar meios? Os direitos como à vida, por exemplo, pode ou deve ser universalmente anterior aos fins?

Tema da unidade: Ética: sensibilização e assimilação do valor da vida frente a juízos éticos principialistas ou consequencialistas.

Período de execução do plano: 1h: 40 min.

Objetivos gerais:

ü    Sensibilizar a reflexão sobre ações e tomadas de decisões de fundo ético sobre o tema;

ü    Assimilar o valor e direito da vida como possível universal de dignidade humana a todos com auxílio do principialismo kantiano;

ü    Compreender a importância da relação entre a tomada de decisão pessoal com a reflexão interna antes de um agir sobre ela, envolvendo assim ao equilíbrio aristotélico;

ü    Perceber a importância de enxergar e respeitar o outro como a mim mesmo na hora de decidir coletivamente dando abertura de fundo aos princípios do imperativo kantiano;

ü    Instigar ao questionamento e debate reflexivo frente ações ligadas a juízos éticos sobre o valor e direito à vida;

ü    Contribuir a constituição de referenciais éticos internos crítico-reflexivos sobre o agir humano frente o direito da vida estendido a todos, além de sua relação com a justiça e o bem comum;

ü    Reconhecer o olhar crítico sobre seus próprios valores morais em confronto às situações criadas em debate e com o outro com auxílio da ética das virtudes aristotélica (ponderação) quando visionado um fim, ou de ética principialistas quando força primeira;

ü    Perceber a relação entre as leis humanas e a defesa da vida;

ü    Deslocar o foco do julgamento do ser agente da ação para o impacto de seu ato com base nas virtudes e no phronesis.

Conteúdos constituidores da aprendizagem:

ü    Escolhas, decisões e ações;

ü    Juízos morais e juízos éticos;

ü    Ética e tomada de decisões;

ü    Principialismo x consequencialismo;

ü    Postura crítica-reflexiva

ü    Influência das virtudes e equilíbrio nas decisões (phronesis aristotélico);

ü    Direito à vida e dignidade humana.

Metodologia:

A oficina terá uma temática específica que conduzirá uma abordagem ao estímulo do posicionamento crítico reflexivo entre escolhas tomadas diante de uma postura principialista ou consequencialista com intuito de instigar a produção própria de justificativas para defesa das respectivas perspectivas a serem escolhidas.

Teremos um momento inicial de sensibilização e explanação da problemática com pequenos trechos de um live action (desenho japonês adaptado como filme) adaptando uma série de quase cinco horas em seus pontos mais importantes para o projeto e explanação do conteúdo. Esse momento se dará em torno de meia hora e servirá tanto para sensibilizar os alunos além de orientá-los a formulação de posteriores posições nos exercícios seja em grupo ou individual.

O nível de sensibilização será dado inicialmente com este vídeo de explanação fictício e provocativo direcionados ao direito à vida quando aplicado a pessoas extremamente perigosas para a sociedade, tipo assassinos, psicopatas, etc. e seguiremos intercalando com diálogos conduzindo ao reconhecimento da aceitação de princípios determinantes contrapostos a escolhas movidas por um objetivo final ‘supostamente’ maior.

Esse caminho e temática escolhida servirão também devido a proximidade com o tema trabalhado anteriormente em nossa oficina em torno da justiça com as próprias mãos. Conforme grande inclinação dos alunos ao posicionamento em defesa ou não do direito universal à vida. Deste modo poderemos dar continuidade ao nosso trabalho de sensibilização e socialização que tivemos inicialmente com o grupo todo, agora podendo aprofundar um pouco mais no terreno da filosofia e ‘engrossar’ os argumentos dentro de perspectivas filosóficas possíveis, além de propiciar a relação de equilíbrio entre o pensar e agir como um hábito frente a escolhas próprias, não somente sobre os casos aplicados dentro de problemas ficticiamente produzidos dentro da escola, mas que possa expandir essa ‘práxis’ no seu dia-a-dia frente a qualquer escolha ética confrontada.

Seguindo a dinâmica da oficina passará a dividir a turma em pequenos grupos a serem enquadrados em quatro cenas distintas relacionadas ao filme exposto. Para essa separação serão fornecidas identidades aleatórias que os estruturem em quatro grupos distintos. As identidades feitas para cada aluno, além de delimitar aos grupos conterá informações essenciais para seu posicionamento defendido como também conterá frases de filósofos que representem aspectos de suas ações. Aqui deverão trabalhar em conjunto e orientados pelos demais monitores para produzir e compreender a relação dos personagens com suas cenas e defender suas atitudes. Aqui haverá espaço para a explanação do que foi apresentado com possíveis ‘dissoluções’ de dúvidas caso necessário, além de instigar a produção de argumentos com a pontuação e apresentação ao grupo todo.

A decisão de conduzir a atividade em grupos menores com questões norteadoras problemáticas aleatórias em direção a um momento de ápice e dinamismo central em apresentação ao grande grupo visa que todos os alunos tenham a oportunidade de se aprofundar, reproduzir e defender o posicionamento delimitado seja ele principialista ou consequencialista. Atividade esta primeiramente executada com a intenção de, com auxílio de um dos personagens centrais da história, envolver o aluno intimamente com o contexto apresentado e estimula-lo a participar e vivenciar do processo de justificação de escolhas, passando após essa atividade inicial a um registro pessoal no qual poderão então vir a desenvolver sua própria ação e justificativa dentro do contexto trabalhado na oficina.

Assim com toda a atividade evidenciaríamos a assimilação da necessidade de se posicionar e defender com autonomia uma posição seja de acordo aos princípios, como o da vida defendido pelo detetive ‘kantiano’, quanto às atitudes consequencialistas regidas pelos fins, como nos demais personagens (utilitarismo). 

Circuito específico: Ética: sensibilização e assimilação do valor da vida frente a juízos éticos principialista ou consequencialista.

Objetivos específicos:

ü    Perceber-se como sujeito constituído de “poder” em escolhas éticas;

ü    Aprender a justificar tomadas de decisões;

ü    Criar relação de consequências advindas das escolhas;

ü    Estimular consciência crítica sobre valores éticos e a vida;

ü    Reconhecer princípios e fins como chaves desencadeadoras de tomadas de decisão;

ü    Respeitar a individualidade em diferentes visões da sua em relação à do outro;

ü    Distinguir valores morais coletivos de determinantes individuais;

ü    Assimilar o ato de pensar antes e no próprio agir;

ü    Perceber-se como responsável pelos seus atos e efeitos, sejam eles bons ou ruins, como extensivos em analogia a sua vida e a de outros;

Material necessário:

v    27 cópias do arquivo “fichas de identidade”;

v    03 cópias do arquivo “cenas para debate”;

v    51 cópias do arquivo “folha de respostas”;

v    12 envelopes coloridos (4 cores diferentes, sendo 3 unidades para cada cor escolhida);

v    Projetor para passar o vídeo de introdução;

Condução das atividades em aula:

(Apresentação pessoal com introdução do vídeo inicial a ser apresentado)

Com o vídeo de abertura (30min.) abriremos a interpretação do personagem e do que se passa com ele:

Vocês acabaram de ver um estudante que encontrou um caderno especial. Lembram o que era esse caderno? O que ele permite fazer? Qual o objetivo de Kira com ele? Como ele age? Vocês concordam com a atitude dele? Ele deveria ter devolvido o caderno ou usado? Por que vocês acham que ele age assim? Matar para evitar mortes será possível de se justificar?

(Apresentação de breve resumo sobre a história e personagens a serem trabalhados com auxílio de outros fragmentos do vídeo +ou- 40 min.)

Para isso adentramos ao mundo do Death Note, com recortes precisos de um Live Action[1] com objetivo de remontar um resumo da temática central projetada na história. Fomos convidados a participar da história de um jovem adolescente que encontra uma arma letal, um caderno de um Shinigami[2], assim tem em mãos o poder de eliminar qualquer pessoa ao escrever o nome dela em suas páginas. Nosso protagonista, filho de um chefe de polícia, resolve utilizar anonimamente este caderno para levar a justiça às pessoas, perseguindo informações de criminosos que a sociedade não conseguia punir por falhas nas leis. No decorrer de seu trajeto, ganha uma aliada que fica em dívida eterna com ele pela punição do assassino de seus pais que foi libertado em júri por falta de provas concretas. Porém, sua ação não foi bem aceita pelo chefe de polícia que é extremamente fiel aos valores universais e às suas leis. Infelizmente para continuar atuando como executor de assassinos e criminosos é obrigado a se proteger de investigações policiais que querem cessar com seu trabalho ilícito. Começa então um jogo de “caça ao rato” com consequências imprevisíveis e mortes necessárias ao alcance de seu ideal. A criminalidade diminui drasticamente no Japão e com reflexos no mundo inteiro, mas a que preço???

Algumas perguntas norteadoras:

Ambos os personagens apresentam características semelhantes? Será que todos carregam os mesmos valores do que é o bom e do que é o bem? Que interesse comum ambos querem alcançar com suas atitudes? Mesmo quando o interesse é comum eles buscam agindo de igual maneira? Qual o objetivo de Kira? Como ele age? E o detetive L.? E o policial? E a Misa? E, nós? Agimos sempre igual? Em situações difíceis como esta vocês agiriam pensando nos fins para justificar os meios? Ou seguiriam princípios como o de defender o direito a vida de todos? Mentir, falsificar documentos e roubar são atitudes éticas? E se os policiais o fizessem para conseguir informações e prender Kira, sem correr o risco de morrer ou alguém da sua família, ainda assim seria ético? As qualidades que adquirimos em nossa personalidade pesam nas decisões? Como fazemos para ter equilíbrio no decidir?

Após ressaltados os aspectos importantes citados com auxílio do vídeo, destacaremos os 4 personagens que serão trabalhados. Assim, distribuiremos para a turma quatro tipos de ‘identidade’ com uma breve explicação de cada um deles retomando aspectos importantes de ambos personagens que serão utilizados em quatro cenas fictícias futuras criadas em cima do vídeo inicial. Serão eles:

I.                    Raito ou Kira:

II.                 Misa ou 2° Kira:

III.              Detetive L. ou Ryuzaki:

IV.               Pai de Raito ou Soichiro:

(verificar ou solicitar o anexo FICHAS IDENTIDADES DO FILME anexadas para impressão e cópias para turmas)

RAITO YAGAMI Filho de Soichiro Yagami (1°Kira)  “O melhor governo é aquele em que há o menor número de homens inúteis. ” ― VOLTAIRE  “Quem num mundo cheio de perversos pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição. ” ―NICOLAU MAQUIAVEL

Filho de um chefe de polícia com acesso direto aos arquivos de criminosos não punidos, surpreende-se com os limites de alcance da lei. Ao encontrar o Death Note vê a oportunidade perfeita de trazer justiça e felicidade sem limitações. Consequencialista buscará de qualquer meio necessário ao alcance da felicidade e justiça para o maior número de pessoas possíveis.

SOICHIRO YAGAMI Pai de Raito Yagami (Chefe de polícia)  “Aja de forma que seus princípios possam seguramente tornar-se lei para todos.” “A inumanidade que se causa a outro, destrói a humanidade em mim.” IMMANUEL KANT

vem ser tomadas universalmente sem exceções e que, qualquer atitude deve ser tomada inicialmente em concordância com a vontade inicial tendo todos seus atos futuros encaixados neste padrão inicial. Principialista acredita que a força das escolhas vem antes de qualquer determinação final.

                                                           

MISA AMANE Cúmplice de Kira (2°kira) “Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.”  “Nada lhe pertence mais que seus sonhos.”  Após a frustação de ver a justiça falhar ao inocentar o assassino de seus pais por falta de evidências, Misa passa a idolatrar Kira por puni-lo.  Conseguindo um segundo Death Note, promete ser o braço direito de Kira tanto pela dívida quanto por amor. Consequencialista irá aos extremos junto a Kira para preservar a felicidade de seu sonho.

DESCONHECIDO Maior detetive secreto do mundo (Ryuzaki L.) “Temos aversão não apenas por coisas que sabemos nos terem causado dano, mas também por aquelas que não sabemos que danos podem causar.”  “Um homem não pode abandonar o direito de resistir àqueles que o atacam com força para lhe retirar a vida.”  THOMAS HOBBES

Fiel à justiça, percebe a fragilidade das leis humanas como consequência dos limites do próprio homem. Seguindo seu raciocínio, utiliza-se dos mais diversos meios para investigar aos criminosos tentando sempre superar-se para levar justiça a aqueles que não são alcançados por ela. Consequencialista busca a punição mesmo que precise promover crimes menores para alcança-la.

Após breve apresentação, orientaremos a organização dinâmica central para os alunos, sendo que estes receberão aleatoriamente uma identidade de modo que possam formar quatro grupos distintos. Cada grupo receberá dois monitores também ‘identificados’ pelas identidades de forma aleatória para se reunirem a seus respectivos grupos em auxílio à organização e registro de argumentos levantados por seus integrantes em conjunto.

Essa estrutura servirá para que além de envolver, estimulem a elaboração em grupo de justificativas para possíveis atos de escolha e ação principialista ou consequencialista, fazendo assim que percebam as consequências e características de tais atitudes defendidas. Eles terão de convencer a si mesmos em seu respectivo grupo de que sua escolha de ação é a melhor em um consenso levantando o maior numero de argumentos possíveis dentro de um tempo limitados (+ ou – 15min.). Poderão agir livremente dentro do contexto recebido em um envelope entregue e lido pelos monitores. Conteúdo este a ser analisado e dialogado em torno de uma solução para a questão referente indicada ao personagem de suas ‘identidades’ em comum. Ao término do tempo serão expostos seus trabalhos em grande grupo com espaço para posicionamento dos ouvintes e contagem de argumentos levantados válidos como justificativa. Ao final sairá vencedor o grupo que mais argumentos coerentes com suas decisões conseguir levantar.

     

(Segue abaixo as descrições contidas nos quatro envelopes e que compõem o anexo ‘CENAS PARA DEBATES’ também para impressão

)

Envelope identidade Kira:

Ø    1°Situação problema: Vocês deverão encarnar o personagem Raito, 17 anos, filho de um policial e estudante de direito. Sendo vocês os possuidores do Death Note, são os responsáveis por eliminar assassinos perigosos estejam presos ou ainda soltos. Por mais que vocês tentassem esconder seus atos pelo codinome KIRA e evitassem levantar suspeitas habilmente, infelizmente aconteceu de uma agente do FBI descobrir quem é você. Sabendo que você é o assassino misterioso, ela forja uma cena para que L. e seu pai tenham provas contra você, a fim de prendê-lo para pagar por seus crimes. Usando sua namorada de refém ela tenta fazer você vir até ela e confessar que é o Kira diante de câmeras ocultas. Para sua sorte, você percebe seu plano e sua intenção a tempo de pesquisar seu nome antes de ir ao encontro. E agora, o que farás?

De posse destas informações, exponham suas ideias dentro de seu grupo, decidam o que fariam em tal situação e em consenso levantem o máximo de argumentos que conseguirem para defender e justificar a escolha de ação de seu grupo. Ao término de 15min. deverão escolher um representante para expor para toda a turma o problema e a resposta de vocês.

I.                   Envelope identidade Misa:

Ø    2°Situação problema: Vocês deverão encarnar a personagem Misa, 19 anos, modelo e atriz. Extremamente levada pela emoção é muito ativa e ótima atriz. Tendo a morte de seus pais vingada, Misa apaixonou-se loucamente por Kira e pelo seu sonho de um mundo de pessoas boas e justas. Faz qualquer coisa por ele e para seu sonho ser realizado. Com seus dotes de atriz e de posse do Segundo Death Note sempre o ajudou quando precisou. A coisa mais importante no mundo para ela é a felicidade de Kira e estar junto a ele para sempre. Só que parece que algo quer estragar esta felicidade. Um dos policiais que tentava descobrir a identidade de Kira consegue bater uma foto dele usando o Death Note em um momento de descuido e pretende prendê-lo para ganhar uma promoção de cargo. Por sorte com todo seu charme e desempenho teatral consegue obter o nome completo dele, mas não a foto, pois assim poderiam vir a desconfiar de você também. E agora, o que farás?

De posse destas informações, exponham suas ideias dentro de seu grupo, decidam o que fariam em tal situação e em consenso levantem o máximo de argumentos que conseguirem para defender e justificar a escolha de ação de seu grupo. Ao término de 15min. deverão escolher um representante para expor para toda a turma o problema e a resposta de vocês

II.                 Envelope identidade Detetive L.

Ø    3°Situação problema: Vocês deverão encarnar o personagem L. 24 anos, um dos maiores detetives do mundo. Altamente sigiloso, seu nome verdadeiro é um mistério, e dificilmente apresenta-se em público, geralmente se relaciona por computador a fim de facilitar suas investigações e não ser reconhecido. Sua inteligência e anonimato evitaram ser mais uma vítima de Kira e permitiram que, com muito esforço descobrisse quem é Kira realmente. Para surpresa de sua equipe aponta Raito, o filho do policial que se ofereceu para ajudar a encontrar o assassino. Mas tem que provar sua culpa. Para sua sorte, conseguiu um Death Note e precisa provar que ele pode mesmo matar e que quando transferido para outra pessoa seu portador não morre como diz uma das regras escritas no caderno. Para provar a falsidade desta regra e que Raito era o anterior dono, precisa testá-lo. Com auxílio da cena vista no vídeo, defina como farás.

De posse destas informações, exponham suas ideias dentro de seu grupo, decidam o que fariam em tal situação e em consenso levantem o máximo de argumentos que conseguirem para defender e justificar a escolha de ação de seu grupo. Ao término de 15min. deverão escolher um representante para expor para toda a turma o problema e a resposta de vocês.

III.              Envelope identidade Pai de Kira:

Ø    4°Situação problema: Vocês deverão encarnar o personagem Sr. Yagami, 41 anos, pai de Raito e um policial de senso de justiça inabalável. Totalmente correto e um exemplar seguidor da lei e da honra. Extremamente honesto e responsável tanto com a família quanto com o trabalho ou como cidadão. Cheio de virtudes, age por princípios, nunca pelos fins. Para ele, o que é lei, o é pra todos, incluindo ele ou qualquer conhecido, seja da família ou não. Seu senso de justiça o levou a querer trabalhar no caso do Kira, para encontra-lo e fazê-lo pagar pelos seus crimes na cadeia, além de tentar mostrar a inconsequência de seus atos do suposto bem que pensa estar fazendo. Para sua sorte, seus esforços não foram em vão, mas infelizmente, por ironia do destino, descobre que o assassino Kira é nada menos que SEU FILHO Raito. E agora como você agirá e como justificará seu ato para sua família e amigos?

 De posse destas informações, exponham suas ideias dentro de seu grupo, decidam o que fariam em tal situação e em consenso levantem o máximo de argumentos que conseguirem para defender e justificar a escolha de ação de seu grupo. Ao término de 15min. deverão escolher um representante para expor para toda a turma o problema e a resposta de vocês.

                                                                                                                                                        

Lembramos que os monitores receberam os envelopes com as situações descritas e deverão se ocupar de ler e auxiliar na formulação dos argumentos levando em conta a personalidade de cada personagem e seu posicionamento principialista ou consequencialista, e enfatizando a produção criativa de argumentos, para depois, quando exposto ao grande grupo terem liberdade de posicionamento critico-reflexivo frente às demais apresentações alternativas a sua situação de debate. Cada subgrupo terá cinco minutos para expor com seu representante todos os argumentos levantados, valendo um ponto para cada argumento válido.

Serão reservados + ou - 25 min. para apresentação das cenas com abertura a questionamentos se necessário.

Questões norteadoras:

O uso de recursos como mentiras, furtos, sequestros ou uso de criminosos condenados a morte para atingir um suposto propósito maior é aceitável? Cometer erros ou delitos para um bem maior é correto ou devemos ser íntegros a todo custo agindo dentro da lei mesmo que encontremos limitações? Quem agiu melhor na opinião de vocês? Raito limpando o mundo a sua maneira? Ryuzaki querendo que a justiça prevaleça mesmo que tenha de usar alguns meios sujos para conter excessos como do Kira? Misa de agir por seus ideais sobre os outros? Ou ainda o melhor seria Soichiro com seu senso de justiça inabalável e que acredita valer universalmente a todos, se não é correto para uma única pessoa, não o é para ninguém, não importa a situação...?

 Em seguida cada aluno irá responder a questão da folha de registro final com questões em pontos marcantes a eles para auxiliar na construção de um pequeno texto com auxílio nas perguntas norteadoras e o que foi visto nas apresentações e vídeos.

Registro nas perguntas: (+ ou – 15 min.)

Oficina Death Note:

Agora vamos por em prática o seu posicionamento amigo(a):

1.                  Se você encontra-se uma arma tão letal e anônima como o Death Note, você usaria, passaria adiante ou destruiria?

2.                  Com base nos personagens vistos e seus ideais, você estaria agindo por princípios ou fins? Não esquecendo agora de justificar sua atitude descrita acima.

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[1] Espécie de série animada japonesa adaptada em filme. Este continha episódios que compunham uma série de quase cinco horas de duração.

[2] Nome pelo qual são conhecidos os anjos ou deuses da morte na mitologia japonesa.

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[i] Bolsistas integrantes do projeto PIBID – UCS/FILOSOFIA com subprojeto no âmbito da formação ética.