quinta-feira, 27 de abril de 2017

O que é rebeldia? Um recreio diferente.

    Não farei um textão (EU FIZ... ME JULGUEM!). Acalmem o coraçãozinho de vocês. Mas vou apontar algumas coisas que me passaram despercebidas pelo tema um tempo atrás. No meu tempo, minha mãe era linha dura na minha infância. (Eu não era um queridão também...) E quando eu pensava em responder eu sentia uma “tamanca” na minha face... Passou um tempo e eu cresci (2 cm a mais de altura). E meu irmão, que é bem mais novo, na minha frente respondeu algo para a minha mãe. Eu em um lapso de tempo já estava calculando quanto iria sair o funeral do pobre coitado por tamanha heresia... Resultado nada o aconteceu... Fiquei perplexo.
     Um tempo passa e a maturidade vêm (Homens com maturidade mito ou realidade? Sexta no Glob...). Então tu escuta a tua mãe e uma música de 76 que há um trecho que é o seguinte:

“Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais”

     Música cantada pelo fanho Belchior na música “Como os nossos pais”. E que junto com a minha mãe me fez perceber que toda a rebeldia que temos, fizemos e muitos ainda farão. Não passa de uma etapa de nosso desenvolvimento. Ela precisou criar uma leva de “bacuris” para entender. Sem nenhum estudo filosófico sobre o desenvolvimento da personalidade ou sobre a rebeldia.
Temos a rebeldia e ela é necessária para nós. O afrontamento a um paradigma (ordem) vem com uma necessidade de nos estabelecermos no mundo. De mostrarmos quem somos. De mostrar o que queremos. Os pensadores entrevistados me deram muitas perspectivas muito boas. “Contrariar algo”.      Minha pergunta sacana foi para que? Uma resposta foi “para nos destacarmos em determinado grupo, sermos melhores que os outros.” Depois de uma longa reflexão sobre isso pensei algo... Bom se temos que provar que somos melhores que outros então somos fracassados, pois eu não sou igual ao outro e me comparar a qualquer um que seja sempre será injusto com os relacionados. (roubei do bigode do Nietzsche essa ideia).
     Se é para sermos melhores que seja o melhor de nós mesmos. Outra pergunta seria é necessária a rebeldia? E trago outra música!

“Minha mãe até me deu essa guitarra
Ela acha bom que o filho caia na farra
E o meu carro foi meu pai que me deu
Filho homem tem que ter um carro seu
Fazem questão que eu só ande produzido
Se orgulham de ver o filhinho tão bonito
Me dão dinheiro prá eu gastar com a mulherada
Eu realmente não preciso mais de nada

Meus pais não querem
Que eu fique legal
Meus pais não querem
Que eu seja um cara normal

Não vai dar, assim não vai dar
Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar
Não vai dar, assim não vai dar
Pra eu amadurecer sem ter com quem me rebelar”

     A rebeldia na percepção do Ultraje a Rigor é que ela é necessária para a maturidade. Não que essa música seja uma verdade absoluta que não levante dúvidas... Mas a falta de coisas que nos são essenciais nos desperta a rebeldia. E rebeldia não é qualquer tipo de revolta. Farei algo que comentaram durante a minhas questões. “O que está no dicionário?”

“ato de rebelar-se; não conformidade; reação.”

     Será que não está na hora de buscarmos uma maturidade? Uma “bem grande”? Assim termino, com uma indireta de ouro!

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