Me chamo Dani Bonai, e
nesse breve texto irei falar um pouco sobre a experiência que estou tendo com o
bolsista PIBID no curso de Filosofia da UCS. Meu interesse pelo programa
surgiu, ainda quando estudava História na UPF, onde me graduei e tive a oportunidade
de participar do programa. Por ser um programa que visa relacionar teoria e
prática é uma excelente forma do estudante entender como funciona o contexto
educacional de uma forma mais clara e direta. O que lhe dará mais certezas se o
que busca é tal profissão mesmo. Impedindo, ou diminuindo as possibilidades, de
quando chegar no contexto profissional perceba que não é exatamente como
imaginava, e por isso, desista da profissão.
Nesse
sentido, quando participei do programa na UPF as oficinas propostas eram mais
discursivas, embora, houvesse um bom nível de discussão sobre os temas
abordados. Porém, o que estou percebendo, nesse breve percurso na filosofia,
está ligado a um nível mais complexo de reflexão, pois, com efeito, ocorre uma crítica e reflexão aos fundamentos
já pressupostos. Dessa forma, na filosofia a ênfase atribuída a reflexão se
liga a uma forma ainda mais abstrata de pensar o mundo, a sociedade, o ser
humano, do que na história. O que torna a tarefa de pensar extremamente
exigente e construtiva.
Alguns
estudiosos dizem que só podemos entender as coisas na sua historicidade. No
entanto, cabe ressaltar que se o homem se constitui historicamente, é muito
devido ao seu caráter de refletir sobre si, suas decisões, seu papel enquanto
agente social, que está em contato frequente com outros sujeitos. Dessa
maneira, a história possui um fundamento mais “palpável”, ou de uma forma mais
clara, mais perceptível às pessoas, visto que, ela está ligada às
temporalidades, mudanças, rupturas, falhas, continuidades. Assim, nos deparamos
constantemente com a história sendo feita e refeita. O que, por conseguinte,
gera uma sensação de proximidade. Como, por exemplo, o contexto turbulento na
política que vivenciamos no Brasil. Mais tarde possivelmente seja visto como um
golpe. Já a filosofia, por ser de ordem estritamente conceitual, gera certas
dificuldades da retenção do seu conteúdo ao estudante. Logo, pensamos, como
aplicar a filosofia? Filosofia tem apenas um sentido? Por que teoria e prática
se confrontam em determinados momentos? Para que serve tal conteúdo? Talvez, uma das tarefas da
filosofia seja a de pensar questões importantes, sem uma única resposta,
outrora, mediante um possível “consenso”.
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